30.04.11
Dentro de mim crescem poemas
Como os silvados da montanha
Rio que corre apressadamente
Entre os socalcos de xisto
Na humidade da madrugada.
Os poemas em mim
Saltitando de fresta em fresta
Ou adormecidos no espelho do guarda-fatos
À espera que a minha mão
Lhes dêem vida
Nos meus cansados braços
Quando me sento no parapeito da janela
E sem forças para me lançar
Voar.
Dentro de mim crescem poemas
Como os silvados da montanha
Ou as gaivotas à beira mar
Com a cabeça enterrada na areia
De asas estendidas ao vento
Esperando a chegada da maré.
Luís Fontinha
30 de Abril de 2011
Alijó