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Cachimbo de Água

Blog de Francisco Luís Fontinha; poeta, escritor, pintor...

Blog de Francisco Luís Fontinha; poeta, escritor, pintor...


30.09.23

Meu pedacinho de silêncio envenenado

Flor deste jardim sem nome

Minha insónia que não dorme

Neste meu corpo cansado,

Minha lua florescida

Ténue clandestina solidão

Que sofre em vão

Com cada noite perdida,

Meu pedacinho de tudo, flor deste jardim sem nome

Quando a manhã se levanta da tua mão

E poisa no meu coração

Este poema com fome.

 

 

30/09/2023


24.07.23

A cidade come-me

A cidade se alimenta de mim

A cidade inventa outra cidade

Com outro nome

Com outra idade

E outro jardim

 

A cidade mata-me

A cidade crava no meu peito o punhal da ausência

A cidade inventa

A cidade lamenta

A outra cidade da minha infância

 

A cidade come-me

A cidade se alimenta de mim

A cidade dorme

A cidade tem fome

Da cidade sem jardim

 

 

 

24/07/2023


21.04.23

Desta flor

Em flor do distante sorriso

Em flor

Da flor

À flor sem juízo,

 

Pobre flor

Da flor nas tuas mãos

Em flor

Sem flor

As estrelas em flor

Da flor

Em corpos sãos,

 

Misera flor

Da flor tristeza

Em flor

Na flor

Em teu corpo em flor

Da flor a sua beleza,

 

E de flor

Em flor

De mão à flor

E da flor à mão

Ofereço-te esta flor

Esta flor do meu coração.

 

 

Alijó, 21/04/2023

Francisco


02.04.23

Desenhei no teu olhar

Uma flor sem idade,

Uma flor com medo de amar…

De amar… amar a saudade.

 

Desenhei nos teus lábios de amendoeira

A cidade antes de acordar,

Uma cidade que dorme na fogueira…

Na fogueira do mar.

 

Desenhei em ti uma lágrima de chorar,

Enquanto a manhã se despede de mim…

Uma flor sem rosto, uma flor cansada de amar…

 

Amar as manhãs em poesia,

Desenhei no teu olhar o meu jardim

E o silêncio do dia.

 

 

 

Alijó, 2/04/2023

Francisco

Sol


18.01.23

Há-de nascer o sol nas árvores do meu jardim

Onde me visitam os pássaros da manhã

Há-de nascer a alegria

E um rio sem fim

Para levar a minha poesia,

 

Há-de resolver-se na minha mão

A complexa equação da madrugada

Onde habitam mares

Onde brincam as crianças,

 

Há-de crescer neste vazio de viver

A flor da alvorada

Sem medo de morrer

Sem medo de nada,

 

Há-de nascer o sol…

O sol que ilumina a manhã de Inverno

O sol que afugenta as tempestades,

 

Há-de nascer o sol nas árvores

Do meu jardim

Onde guardo as palavras…

As palavras de mim.

 

 

 

 

Alijó, 18/01/2023

Francisco Luís Fontinha

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