04.11.23
Ao longe o som da lareira
Abraçada aos barcos da minha infância mimada
Flautas de néon melodiam o teu olhar
Ao longe o sorriso da ribeira
Que não se cansa da madrugada
E corre sempre para o mar
Ao longe o teu cabelo em silêncio vento
Insónia noite ao despertar
Como as flores da Primavera adormecida
Ao longe o faminto alimento
Que o homem procura num pincelado olhar
Ao longe a luz prometida
Aos barcos da minha infância mimada
Ao longe as cubatas envenenadas pelo capim
Que a tarde construía em volta do musseque zincado
Ao longe o teu peito em tardes animadas…
Trazendo os cheiros do jardim
Quando o vento é apenas um sonho sonhado
04/11/2023