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Cachimbo de Água

Blog de Francisco Luís Fontinha; poeta, escritor, pintor...

Cachimbo de Água

Blog de Francisco Luís Fontinha; poeta, escritor, pintor...


27.10.12

Levaste o coração de pedra


que se escondia no meu peito de vidro


agora sou um rio sem rochas


e quando aporta a noite nos meus olhos sem luar


sinto o vento esconder-se nas cavidades invisíveis da minha boca


como se as abelhas do oceano


sorrissem às esplanadas cansadas da velhíssima rua das janelas apodrecidas de tédio


e as mini saia cor da Primavera nos livros do segundo esquerdo,


 


Às coxas do poema vêm os milímetros cúbicos de desejo


que as mãos de um louco desenham no círculo verde


sobre a porta de entrada,


 


Há flores moribundas em processo de despedimento nos jardim da saudade


o chocolate lábio ao beijo no cardápio das sílabas enfeitadas com laços de mel


e sombras de silêncios no quintal da infância


um barco rompe debaixo das mangueiras a claridade da paixão


morta a paixão


sobejando os ossos do amor


e as palavras em lápides de cartão


no meu peito de vidro.


 


(poema não revisto)

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