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Cachimbo de Água

Blog de Francisco Luís Fontinha; poeta, escritor, pintor...

Cachimbo de Água

Blog de Francisco Luís Fontinha; poeta, escritor, pintor...


26.05.13



foto: A&M ART and Photos


 


Percebiam-se-te cansaços que o tempo alimentava


flores dispersas como sandes de solidão


sobre uma cama encharcada


fina distância a janela da paixão


que a noite alicerçava,


 


E a fome


meu amor madrugada


que nuvens vorazes galopavam nas searas abandonadas


e a fome das coisas prometidas


dos livros murmúrios palavras,


 


Amor... lâminas de vidro que a espuma do mar recordava


entre a loucura e as lâmpadas do silêncio encardido dos candeeiros cadáveres


amor só como areia dispersa na imensidão da poesia


de dia


o amor... amor que não amava,


 


E desejava


sabia-te adormecida nos confins sulcos que o estômago rejeitava


vogais sílabas e imagens do teu corpo imprimido no céu petroleiro


e sobejava sabia-te dorida pelas mãos das ilhargas madeiras da Primavera


que o meu coração imaginava,


 


Chorava-te como lulas grelhadas


dentro da barcaça da alvorada


percebiam-se-te cansaços e limonadas


como este maldito zumbido da esplanada criança tristemente apaixonada


tristemente... recheada nos lábios teus finos beijos que as pétalas do amor o vento transportava...


 


(não revisto)


@Francisco Luís Fontinha


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