15.11.11
Subo as escadas
E desço as escadas
A minha vida são duzentos e cinquenta degraus
Um corrimão
E subo
E desço
As escadas
E subo até ao céu
Cansado
De subir até às nuvens
E à noite
E à noite regressar ao rés-do-chão
Abrir a porta
Fechar a porta
Corredor e corredor
Desvio-me dos petroleiros
Abrir a porta
Fechar a porta…
Abro os bracinhos
E zás… aterrar sobre os lençóis da noite
Duzentos e cinquenta degraus
Uma vida de merda
A subir escadas até ao céu…
E deus sempre ocupado ou ausente
E oiço a voz de deus
SÓ PARA A SEMANA!
E desço os degraus
Os malditos duzentos e cinquenta degraus…
E espero
E espero que o calendário pendurado na cozinha…
Que o calendário caminhe apressadamente uma semana
E que finalmente deus me receba