24.10.21
Não preciso das estrelas do amanhecer
Quando tenho os teus lábios para beijar.
Não preciso dos meus poemas de escrever
Porque tenho a tua mão para acariciar.
Não preciso destas palavras semeadas
Nas páginas do vento;
Tenho todas as manhãs contadas,
E todas elas são meu alimento.
Não preciso das estrelas do amanhecer
Que dormem no meu jardim;
Vejos as flores a crescer,
A crescer junto a mim.
São em papel são em cetim…
São ténues, as flores do meu jardim.
Francisco Luís Fontinha
Alijó, 24/10/2021