22.01.22
O teu corpo;
A sebenta onde adormeço o poema cansado,
Onde deito os beijos desejados,
Entre o espaço abraçado,
Entre os versos envenenados.
O teu corpo;
Engraçado,
Equação sem nome
E que brinca no caderno quadriculado,
No cansaço sem fome,
Do cansaço aguentado.
O teu corpo desejado
Que caminha sobre o mar,
É o teu corpo argamassado,
Argamassado nos poemas de amar.
Alijó, 22/01/2022
Francisco Luís Fontinha