31.07.23
Lateja a mingua luz da montanha
Abraça-se a mim o vento em nortada
Esta casa em aflição
Que arde
Grita
Lateja a míngua luz do teu olhar
Socalco que se esconde no doiro rio
Lateja a míngua luz da montanha
Às árvores de cartolina colorida
O rio em saudade
Que arde
Grita
No centro da cidade
Lateja a míngua luz em silêncio
No silêncio que te beija
Deste rio que corre nas tuas veias
Entre lágrimas de chuva
E de estrelas sem brilho
Que também elas latejam
Na cidade luz
Da míngua montanha
Que dorme em desespero
Lateja a míngua luz nos teus lábios
Que sofrem
Que procuram a liberdade
Da luz que lateja da minha nortada
Nesta triste e pobre cidade
Que traz o vento
E leva de ti o sofrimento
E a saudade.
31/07/2023
Alijó
Francisco