30.09.22
Somos árvores que tombam no chão,
Somos o silêncio que rompe a madrugada,
Somos letra de canção,
E não somos nada…
Somos a guerra em poema,
Espelho no quarto abandonado,
Somos a voz em chama
Num corpo ancorado,
Somos árvores, somos a saudade…
Somos as lágrimas do mar,
Somos as ruas da cidade
Que a manhã alimenta,
Somos raiva, somos luar,
Somos esta triste pedra cinzenta.
Alijó, 30/09/2022
Francisco Luís Fontinha