31.03.19
A morte do fogo, quando a água das palavras, caem sobre o meu corpo,
Em chamas, em brasas.
E sobra nada.
Simplicidade, risadas…
O pó.
A madrugada.
Francisco Luís Fontinha
31/03/2019
Saltar para: Posts [1], Pesquisa [2]
31.03.19
A morte do fogo, quando a água das palavras, caem sobre o meu corpo,
Em chamas, em brasas.
E sobra nada.
Simplicidade, risadas…
O pó.
A madrugada.
Francisco Luís Fontinha
31/03/2019
30.03.19
Os teus olhos são as cataratas do Niágara,
O cansaço do povo,
Os teus olhos são a luminosidade da saudade,
O silêncio prometido,
Alto,
Esguio…
Das parais encantadas.
Os teus olhos são a Primavera,
A mudança da hora,
Deste velho relógio,
Que adormece no meu pulso,
Quebrado,
Triste,
Cansado.
Difuso.
Os teus olhos, meu amor,
São a tempestade nocturna,
A cidade em chamas,
E das aldeias perdidas,
Nos teus olhos, meu amor.
Os teus olhos são o sorriso da madrugada,
A velha jangada,
Poisado na mão do rio…
Quando regressa a tarde,
Chorando,
Sem querer…
Chorando.
Meu amor.
Os teus olhos.
Saudade,
Dos beijos,
Na claridade,
Dos teus olhos,
Quando logo, mais tarde,
Eu, pegar nos teus olhos…
E dormir,
Com a saudade.
Francisco Luís Fontinha – Alijó
30-03-2019
29.03.19
Não posso, desisto.
Não posso, finjo, caminhar em tua direcção,
Descalço,
Não posso,
Fingir que te amo.
Se te amasse, amava-te,
Se te escreve, escrevia-te,
Mas, não, não posso,
Fingir,
Escrever,
Se pudesse, lia-te, todas as palavras começadas por A…
Não posso,
Fingir,
Que te lia todas as palavras começadas por A.
Amar.
Começar,
Caminhar,
Não posso.
Fingir.
Que sou o mar.
Lanço no poço da saudade o beijo desenhado,
Na alvorada,
Na eira,
O beijo embalsamado,
Fingido,
Doente,
Caminhando, caminhar,
O fogo do prazer,
Quando o teu corpo adormece,
Arde,
Tudo arde,
Mesmo o entardecer.
Francisco Luís Fontinha – Alijó
29/03/2019
28.03.19
O que é hoje o jantar?
Talvez nada,
Livros,
Ou,
Palavras,
Natas,
Cegonhas recheadas,
Poesia, hoje o jantar é poesia,
Não sei se gosto,
Não desgosto,
Talvez adore,
Olhe, menina…
Nunca experimentei.
Francisco Luís Fontinha – Alijó
28/03/2019
26.03.19
Oiço-te.
Penso nas tuas sílabas quando poisam nos meus lábios,
Oiço-te, a cada madrugada, a cada hora passada,
Quando eu deitado, na esplanada encerrada,
Descanso de pessoal,
E, no final do dia, as palavras embriagadas,
Quebram o teu silêncio,
Como uma fechadura,
Pobre,
Nua,
Oiço-te.
Na vanguarda da noite,
Carregado de cartazes,
Lutando contigo,
Lutando…
Até que um dia, novamente,
Perderemos a guerra,
Já o senti,
Já o vivi,
Mas hoje,
Hoje tenho o prazer de te ouvir.
Francisco Luís Fontinha – Alijó
26/03/2019
38 seguidores
A subscrição é anónima e gera, no máximo, um e-mail por dia.