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Cachimbo de Água

Blog de Francisco Luís Fontinha; poeta, escritor, pintor...

Blog de Francisco Luís Fontinha; poeta, escritor, pintor...


31.12.16

Regressei aos teus braços monótonos da infidelidade do desejo


Regressei às rochas e rochedos do teu sorriso


Apenas por esta noite…


Invento máscaras


Invento o sono antes do pôr-do-sol


E na ausência das coisas perfeitas…


Finjo viver no teu coração



Só quando acordar o amanhecer


As minhas mãos abraçar-te-ão como uma jangada sem vida


Acorrentada à sonâmbula maré da solidão


Regressei


Meu amor


Aos teus braços frígidos no cansaço da noite


A carta escrita enviada à tua morada


Um número insignificante perdido na cidade


Como a morte


Sempre à espera do teu corpo


Meu amor…


 


 


Francisco Luís Fontinha


31/12/16


25.12.16

Minha lua encarnada


Subjacente aos lábios da madrugada


Doce manhã ao acordar


Sempre que o meu corpo sente


O cintilar da maré…


O sofrimento da alvorada


Minha lua


Meu amante desesperado


Nas ruelas íngremes da solidão


Minhas mãos ensanguentadas pela escuridão


Nos jardins suspensos do teu olhar


E deixei para ti o meu mar


E deixei para ti o meu coração


Desenhado numa rocha


Que a cidade absorve


Nas tristes e belas calçadas…


Minha lua encarnada


Meu silêncio de nada


Oiço do teu sorriso o sofrido amanhecer


Que em cada poema acordam


E se deitam


Como cadáveres de pano…


Como cadáveres sem viver.


 


 


Francisco Luís Fontinha


25/12/16


18.12.16

O som melódico da noite


Misturado nas imagens a preto e branco do sono


O poema alicerça-se no teu olhar


E ancora-se aos braços da paixão


A sorte absorve-me como os rochedos absorvem o teu sorriso


Deitado na solidão


Há delícias do mar voando no teu cabelo…


E as marés da insónia


Poisam vagarosamente no teu peito


Vendi o sono a um transeunte infinito


Que se passeava junto ao cais da despedida…


E penso na morte


Meu amor


E penso na partida


Meu amor…


 


 


Francisco Luís Fontinha


18/12/16


15.12.16

Os desejos da morte quando acordava


A visibilidade da madrugada,


Os silêncios da sorte, os medos da alvorada


Nos espelhos cansados da manhã sonhada,


E ele chorava,


E ele não sabia


Que um dia,


Cessavam as lágrimas sobre a calçada.


 


 


Francisco Luís Fontinha


15/12/16


14.12.16

Um dia vou regressar


Aos teus braços,


Minha terra prometida!


Um dia vou cortar estes laços


Que me aprisionam à maré esquecida…


Sem tocar no mar,


Sem tocar nos teus lábios entre abraços


E multidões em fúria,


Um dia,


Um dia vou regressar


Para nunca mais voltar,


Sentir a lamúria


Dos espelhos prateados,


Um dia,


Um dia vou libertar todos os corpos cansados…


Aos teus braços)


Nos teus abraços)


E não vou chorar,


E não vou brincar…


No teu triste olhar.


 


 


Francisco Luís Fontinha


14/12/16

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