Saltar para: Posts [1], Pesquisa [2]

Cachimbo de Água

Blog de Francisco Luís Fontinha; poeta, escritor, pintor...

Blog de Francisco Luís Fontinha; poeta, escritor, pintor...


31.08.12

Tão triste


ver o silêncio da Lua Azul


e saber que o teu sorriso


deixou de acordar


Tão triste


ver o silêncio da Lua Azul


e saber que o teu olhar


cessou no jardim da saudade


 


tão triste


hoje


a noite


 


com a cidade construída de medo


e janelas de sofrimento


as lágrimas de luz


sobem aos móveis da melancolia


 


o vento


tão triste


hoje a noite de Lua Azul...


 


(poema não revisto)


30.08.12




Last week an enraged crowd threatened to burn my daughter alive, and in 48 hours a judge will decide whether she goes free or stays in jail. Rimsha is a minor with mental disabil


ities and often isn't in control of her actions. Yet local police here in Pakistan have charged her with desecrating the Koran, and we are afraid for her life.

Right now she is being held in a maximum-security jail, and in hours, she will face the court under Pakistan's anti-blasphemy laws, which carry the death sentence. We are a poor Christian family, witnessing mob fury over my daughter's case, and many other families have faced similar intimidation forcing them to either flee or live in fear. But the international attention on Rimsha’s case has emboldened Pakistani Muslim leaders to speak out against this injustice and forced President Zardari's attention.

Please help me keep up the global outcry on my daughter's case. I urge you to sign my petition to President Zardari to save Rimsha and demand protection for us and other vulnerable minority families. Avaaz will share this campaign with the local and international media, watched carefully by all the politicians here.



30.08.12




oiço o suicídio do pescador de sonhos


no mar da tranquilidade


oiço as lágrimas do monte de sucata onde habita no meu corpo


e restos de chapa canelada, limalha de aço e pedaços de silêncio...


 


tomam conta do meu coração


 


(só, só, nunca estive tão só


e o vento não se cansa de soprar


em cada suicídio do pescador de sonhos)


 


a cidade atravessa o vale infinitamente belo


recheado com amêndoas


ovos de chocolate


e pássaros que inventam sonhos nas folhas emagrecidas das árvores do cemitério


as lápides


voam entre os restos de tristeza que sobejam das aboboras com olhos de mel


e as fotografias


oiço


 


(tomam conta do meu coração)


 


Oiço o suicídio do pescador de sonhos


no mar da tranquilidade


 


e percebo que estou completamente só junto ao rochedo dos sonhos


tomam conta do meu coração


as pedras


e as ervas


 


oiço


 


oiço a voz de uma sombra


oiço


vestida de mulher


 


(poema não revisto)



29.08.12

Friamente habitar no teu corpo


ardente


quando tropeço no mar


absorto


morto


sem vontade de acordar


 


friamente os sorrisos da alvorada


como cinco gaivotas envenenadas pelos silêncios da noite


amadas sobre o divã invisível poisado no pavimento sem esquinas de luz


nos corredores da morte


 


friamente o Tejo me engole quando mergulho dentro dos lençóis da solidão


um barco é impossível


nas coxas de um cacilheiro em direcção ao Seixal


e entra em mim o cheiro suficiente para me fazer sonhar


há a possibilidade de eu acordar no solo lunar da margem Sul


sentado numa pedra a imaginar palavras nas ardósias do infinito


 


serei feliz assim?


 


Metade de mim xisto


e a outra metade


pequenos grãos de pólen


nos desejos das abelhas


 


serei amado?


 


Quando todas as portas se encerram friamente


no sono das estrelas preguiçosas


alegremente


 


assim?


 


Serei?


 


Quando tropeço no mar


e de uma rosa de papel


um beijo acorda


abraçado a fios de nylon...


 


(poema não revisto)

Pág. 1/10

Mais sobre mim

foto do autor

Subscrever por e-mail

A subscrição é anónima e gera, no máximo, um e-mail por dia.

Arquivo

  1. 2023
  2. J
  3. F
  4. M
  5. A
  6. M
  7. J
  8. J
  9. A
  10. S
  11. O
  12. N
  13. D
  1. 2022
  2. J
  3. F
  4. M
  5. A
  6. M
  7. J
  8. J
  9. A
  10. S
  11. O
  12. N
  13. D
  1. 2021
  2. J
  3. F
  4. M
  5. A
  6. M
  7. J
  8. J
  9. A
  10. S
  11. O
  12. N
  13. D
  1. 2020
  2. J
  3. F
  4. M
  5. A
  6. M
  7. J
  8. J
  9. A
  10. S
  11. O
  12. N
  13. D
  1. 2019
  2. J
  3. F
  4. M
  5. A
  6. M
  7. J
  8. J
  9. A
  10. S
  11. O
  12. N
  13. D
  1. 2018
  2. J
  3. F
  4. M
  5. A
  6. M
  7. J
  8. J
  9. A
  10. S
  11. O
  12. N
  13. D
  1. 2017
  2. J
  3. F
  4. M
  5. A
  6. M
  7. J
  8. J
  9. A
  10. S
  11. O
  12. N
  13. D
  1. 2016
  2. J
  3. F
  4. M
  5. A
  6. M
  7. J
  8. J
  9. A
  10. S
  11. O
  12. N
  13. D
  1. 2015
  2. J
  3. F
  4. M
  5. A
  6. M
  7. J
  8. J
  9. A
  10. S
  11. O
  12. N
  13. D
  1. 2014
  2. J
  3. F
  4. M
  5. A
  6. M
  7. J
  8. J
  9. A
  10. S
  11. O
  12. N
  13. D
  1. 2013
  2. J
  3. F
  4. M
  5. A
  6. M
  7. J
  8. J
  9. A
  10. S
  11. O
  12. N
  13. D
  1. 2012
  2. J
  3. F
  4. M
  5. A
  6. M
  7. J
  8. J
  9. A
  10. S
  11. O
  12. N
  13. D
  1. 2011
  2. J
  3. F
  4. M
  5. A
  6. M
  7. J
  8. J
  9. A
  10. S
  11. O
  12. N
  13. D
Em destaque no SAPO Blogs
pub